segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Olá Blog! Tive saudades tuas…

Na minha cabeça há cerca de 3 semanas
Rag'n'Bone Man - Human 

Olá Blog! Tive saudades tuas… 3 meses sem escrever, 3 meses sem fazer vídeos. Desculpa, mas não consegui mesmo, mas estou entusiasmadíssima por estar de volta!

Andei à procura de casa

Decidi procurar casa com o meu namorado. Todos os dias e em todos os intervalos andei a ver casas online e depois visitei algumas. Todo o processo foi basicamente eu a obcecar-me por completo nisto, definir um orçamento máximo de renda, tendo em conta que não quereria nunca perder o estilo de vida, ou seja, ter finalmente a minha independência, mas estar à vontade, e poder continuar a fazer a minha vida, continuar a viver…

Lembro-me quando estava na sala a ver casas e sentia que sempre que aparecesse o meu pai e a minha mãe, tinha que esconder. Sabia que não seria fácil para eles (nem para mim). A bebé deles está a ficar grande, e de repente passaram-se 24 anos e já não era bebé de idade, mas ainda era a bebé deles.

Decidi aplicar uma estratégia:

Pai, sabes que a V e o D já andam à procura de casa? Já andam há 5 anos, até acho que faz todo o sentido…

Portanto, fui “aquecendo”, claro que o meu pai ficava sempre calado, mas acredito que tenha começado a pensar que se eu estou há dois anos com o meu namorado, e com 24 anos, se calhar era uma realidade que estava mais próxima do que ele pensava. Quando disse à minha mãe que andava à procura de casa, foi como se lhe tivesse dado uma coisa qualquer, entrou em transe, foi um “abre-olhos”. No dia seguinte, já estava entusiasmada.

Encontrámos o nosso palácio!


Portanto, se eu quiser ser pirosa, eu posso dizer que um palácio tem que ter um príncipe e uma princesa, ou parece estranho?!
Instagram: @patriciaalndim

Gosto de dizer que a minha casa é um palácio, porque tem paredes altas e tem 100 anos, é a típica casa lisboeta, mas em vez de ser no centro, é um achado nos arredores.

No dia 5 de outubro, aniversário da mãe do meu namorado, fui almoçar com eles e o resto da família. À tarde, fomos ter com uns amigos dos pais dele para dar seguimento às festividades. Comentou-se em conversa que nós estávamos a ver casas, e não é que um dos amigos tinha uma casa para arrendar?! Foi tudo tão rápido… Nesse mesmo dia, ao final da tarde, fomos ver a casa:

Mor, é esta!

Saímos de lá a dizer que entraríamos no final do ano, seria o tempo de nos habituarmos à ideia, de os nossos pais se habituarem à ideia e também de comprar coisas para a casa.­­­

No final do dia, apetecia-me vomitar. As pessoas acham sempre estranho quando digo que quando soube que de facto tinha encontrado a casa para mim me apeteceu vomitar. Depois da realidade assentar, o entusiasmo acalmar, senti-me mal, porque sei que é uma fase completamente nova na minha vida, irei sair da minha casa (casa dos meus pais) onde cresci, onde tantas histórias vivi, vou sair de perto dos meus pais… Amo tanto os meus pais, são as pessoas mais inspiradoras da minha vida, e sei que tal como eles são o meu apoio, e a minha inspiração, eu sou a deles, então é uma mudança difícil de digerir, foi mesmo preciso algum tempo de adaptação.

Agora está tudo mais calmo, e estou super entusiasmada com esta nova fase da minha vida!

Dinheiro, precisa-se!

Pois bem, ter uma nova casa não é só um investimento emocional, mas é também um investimento monetário muito grande. A nossa casa não vinha equipada com electrodomésticos, então tivemos que comprar mesmo muita coisa.

Não tive uma decisão precipitada ao decidir que sairia de casa, ponderei os meus rendimentos, os meus gastos, tudo, mas é sempre preciso ter um investimento inicial maior:

Renda e caução, frigorífico, fogão, esquentador, cama, colchão, sofá, máquina de lavar roupa, mesa, cadeiras, almofadas, etc. ...

Fiz um excel com tudo o que precisava de comprar, com a ordem de prioridade, e assim que tivesse um determinado conjunto de coisas, a casa já estaria habitável. Então decidi, e até já andava a pensar nisso há algum tempo, arranjar um trabalho a part time temporário, apenas para ter um dinheiro extra, juntamente com o meu namorado coordenamos muito bem as coisas, e neste momento a casa está completamente habitável.

Fiquei sem tempo, trabalhei todos os dias, de segunda a sexta no meu Dream Job, e sábados e domingos numa loja de atendimento ao público.

Querido blog, foi só por isso que me ausentei. Ainda adoro escrever, apenas não consegui.

Já tinha algumas saudades de trabalhar no atendimento ao público.

Desde os 17 anos, e ao longo da faculdade trabalhei sempre em lojas de atendimento ao público, quando comecei a trabalhar na minha área, o meu público são os clientes da empresa (que não é bem a mesma coisa).

Mas no atendimento ao público há uma coisa que gosto muito, mediante a disposição dos clientes, é sempre bom falar com pessoas que não conhecemos de lado nenhum, mesmo que seja por breves minutos, mas há sempre alguma coisa que podemos retirar de positivo. Seja pela conversa que pode levar à aquisição de algum conhecimento novo, seja por roubares um sorriso a alguém que estava carrancudo, seja pelo cliente habitual que é sempre extremamente simpático e de vez em quando oferece rebuçados ou chocolates, enfim, são n coisas.

Digo muitas vezes, e de forma alguma isto deverá ser considerado uma ofensa, mas os meus clientes preferidos são os velhos (talvez mesmo fora da categoria de clientes, mas na sociedade, eu adoro velhos). Nos velhos, eu vejo tanta sabedoria, vejo alguém é ponderado, alguém que já vive há mais tempo do que eu e por isso, é alguém mais sábio do que eu... Sinto-me sempre bem, quando os velhos são simpáticos comigo, se estou cansada, e a minha cara de alguma forma reflete isso, são os primeiros a dizer “Bom dia menina!” com um sorriso enternecedor, como se fossem meus avós (até parece estranho estar a chamar avós a estes velhos com quem lidei, na maioria das vezes, 1 vez)... São muitas vezes os primeiros clientes, acordam cedo e não fazem compras de carrinhos gigantes sozinhos, alguns, gostam mesmo de ir apenas passear, e conversar com quem o atende.

Entretanto, fiz um quarto de século! Iei a mim!

A minha cara de parva quando vi um bolo com 25 velas = 25 desejos por baixo da mesa.
Instagram: @patriaalandim

Quem me conhece já sabe como eu gosto de fazer anos, é um dos meus dias preferidos do ano. Acho que já escrevi sobre isto no ano passado, mas é de facto um dia em que as pessoas têm uma "desculpa" para dizer ao aniversariante porquê que gostam dele, porquê que o valorizam, o que é que o aniversariante tem de especial para merecer o seu apreço naquele dia…

Eu adoro celebrar as pessoas, e fazer as pessoas de quem gosto sentirem-se acarinhadas e especiais, porque acredito que de facto o são, como tal, eu também gosto sempre de me sentir acarinhada pelos meus.

Saber que fazia anos num domingo, saber que já no ano passado não consegui passar o meu aniversário junto dos meus mais próximos, saber que nos meus 25 anos ia ter que trabalhar e mais uma vez, não conseguir estar junto dos meus mais próximos, estava a deixar-me avariada.

Afinal de contas, eu não precisava desesperadamente deste trabalho, foi uma escolha minha, para ter mais dinheiro, mais rápido, para mais rapidamente ter a casa em condições… Quando eu me inscrevi sabia bem que o mais provável seria eu trabalhar neste dia, mas andei tão stressada, tão cansada, que só me apetecia chorar.

Os meus mais próximos sabem o que foi esta altura para mim, uma choradeira de um lado para o outro. Agora recordar este momento de há não muito tempo atrás (mais concretamente há menos de 3 semanas) atrás dá-me vontade de rir.

Mas imaginem, estava a trabalhar todos os dias, entretanto, e num outro dia, o meu telemóvel cai ao chão e estraga-se (isto parece pequeno, mas pessoal, imaginem ficar sem o smartphone assim, do dia para a noite, NOS DIAS DE HOJEEEEE), e depois ainda tenho que trabalhar num dos dias mais importantes, para mim, do ano. Bem, chorei muito, mas sou suspeita, porque sou incrivelmente sensível, e o cansaço estava a dar cabo de mim.

No dia dos meus anos, recusei-me a estar triste, fui trabalhar, atendi os clientes sempre bem-disposta, consegui alterar o meu horário, para ao menos fazer um jantar, e calhou bem, foi o primeiro jantar na minha nova casa, foi um jantar inesquecível.

Gosto sempre de pensar, como me sinto com a nova idade, os 25 era algo que eu “temia” digamos assim, há algum tempo, a melhor forma de descrever é que eu sinto que sou uma criança, a brincar aos adultos.

Ainda me sinto pequenina (demais) para ter 25 anos, não porque ache que é uma idade velha, apenas porque quando era mais nova e via adultos de 25 anos, achava mesmo que eram “graaaaaaaaaaaaaandes adultos”, mas agora euzinha tenho 25 anos e sou uma criança a brincar aos adultos, a começar uma nova fase da sua vida, a ganhar responsabilidades e enfrentar desafios no trabalho, mais inteligente, mais sensata, a iniciar a sua vida verdadeiramente independente (sendo que é uma vida a 2)…

É uma brincadeira já para gente adulta han?

Acreditem ou não, um dos administradores da empresa perguntou-me:

Então Patrícia, diga lá como se sente agora com 25 anos.

E eu ri-me e respondi como podia expressar melhor:

Olhe, sinto que sou uma criança a brincar aos adultos.

Entretanto riu-se e fomos interrompidos, mas mais tarde, recuperámos essa conversa, e do administrador disse-me:

Não deixe de ser como é.

Portanto é isso, serei criança para sempre! Esta é a minha escolha.

Agora estou de volta!

Bora lá começar o ano em grande, começar ontem a trabalhar nos nossos sonhos!
Instagram: @patriciaalandim

Eu sabia que este post seria extenso, afinal de contas foram 3 meses sem escrever e muita coisa para te atualizar a ti blog e também a todos que me seguem. Estou a escrever no word e já vou na 4.ª página, acho que é um sinal…

Já acabou o outro trabalho temporário, e estou novamente pronta para estar aqui, a divertir-me escrevendo, gravando vlogs, lendo-te a ti (se és um/a dos/as blogers que sigo ou um comentador deste post), mas acima de tudo, vivendo!

Para este ano só posso desejar o melhor para todos vocês!

Estarei de volta muito brevemente ao YouTube, por isso acompanhem-me de perto!

Feliz ano novo e sejam FELIZES!

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

#YouTube20160919 Dos melhores sábados, são os de ronha!

Eu, e os meus livros estranhos... Desde 1991!

Ontem carreguei um novo vídeo para o YouTube!

Está a dar-me enorme gozo fazer estes vídeos e sinto que a longo prazo, poderei olhar-me nestes vídeos e ver como pensava e como era, tal como faço às vezes com posts antigos que releio, e… Meu Deus, às vezes assusto-me.

Acho imensa piada às vezes ler coisas minhas e ver como algumas perspectivas minhas mudaram, e no caso dos vídeos, penso que mostro um pouco da minha boa disposição, a minha personalidade, que acredito que seja colorida, algo que por vezes vejo acontecer perder-se à medida que avançamos na idade.

Para mim o YouTube será isto, eu a brincar, eu a falar a sério, eu e as minhas “parvidades” como diz uma grande amiga minha, eu e as minhas perspectivas e eu e as minhas divagações. Neste vídeo, são basicamente as minhas "parvidades" de ronha de sábado. Gosto tanto de fazer ronha!!!

Clica na imagem para veres o vídeo, e se gostares e quiseres continuar a acompanhar o andamento, subscreve ao meu canal de YouTube.

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.

domingo, 18 de setembro de 2016

Desenhos na pele #tattoos

Na minha cabeça há cerca de 2 meses
The Chainsmokers - Closer 


Julgo que já referi aqui antes que, em tempos, gostaria de ter um tom de pele mais claro, dizia muitas vezes à minha mãe “Mãe, quero ser da tua cor”, isto porque a minha mãe tem um tom de pele ligeiramente mais claro do que o meu. Talvez se fosse da cor dela em vez de, na primária me chamarem “Mousse de chocolate Alsa” chamassem antes “Caramelo Werther's Original”… A minha querida mãe tem uma cor muito mais caramelizada, mas calhou eu ficar com o tom de pele do meu querido pai e agora sou, e muito orgulhosamente, um chocolate humano.

Já não tenho problemas nenhuns com isso, já era!

Mas, e porque há sempre um mas, há apenas um motivo na minha fase adulta que me dá vontade de ser um pouco mais clara, que são as tattoos… Esta semana completei 4 tattoos, 4 desenhos na minha pele, contornando sempre o facto de ter um tom de pele mais escuro.

Quando a vida te dá limões, faz chocolate!

Eu adoro desenhos na pele, acho que bem feito e bem pensado, são obras de arte na enorme tela que é a nossa pele. Gostava de fazer desenhos mais ousados, usar cores bonitas e diversas… Mas, para mim, não vale a pena arriscar tanto, então deixo-me ficar pelas coisas mais simples, tinta preta, que é o que funciona para o meu tom de pele.

Já ouvi muitas vezes comentários como “Não vale a pena os pretos fazerem tattoos, porque não se nota”, pode não se notar tanto, mas os significados contam muito, e será sempre algo que está disponível para todos fazermos, cada um à sua maneira, note-se muito ou não, até porque não é suposto ser feito só para se notar ou fazer show-off, para mim é mesmo o significado que está por trás.

Deixem-me falar-vos um pouco das minhas tattoos.

Tenho um ritual muito simples, penso muito bem antes sobre o que quero fazer, visto que será algo para a vida, e assim que tenho bem definido o que quero fazer, não gosto de perder tempo, e faço de imediato, foi assim nas 4 vezes em que me desenhei.

A 1.º foi aos 18 anos, era eu uma miúda, ainda mais miúda que hoje, e adorava, e adoro, estrelas. “Que cliché tattooar estrelas”, mas não me arrependo minimamente. Esta tattoo representa o meu gosto pelas estrelas e também a minha família mais próxima, uma estrela por cada um, do lado esquerdo do meu corpo, perto do coração, mais precisamente nas costelas (digo já que foi o pior sítio onde tattooei, doeu imenso e ia desmaiando, foi sofrimento puro e duro). As estrelas têm diferentes dimensões, uma grandinha, a minha mãe, aquela pessoa que tanto orgulho me dá, tanta inspiração e tanto amor e carinho, está mais pertinho do meu coração. Logo a seguir, vem o meu pai, meu querido pai, que me disciplinou muito e me deu tough love, digamos que a minha mãe era o good cop e o meu pai o bad cop, acarinhou-me de uma forma muito mais disfarçada que a minha mãe, sempre quis ser um pai austero. É engraçado o equilíbrio que se faz aqui entre pai e mãe. Depois vem a última estrela, o meu irmão mais velho, um bocadinho mais pequenina, esta representa uma vida que ainda se está a encontrar. O meu irmão mais velho nunca foi um grande exemplo, somos completamente diferentes, eu sempre muito atinadinha, e ele para sempre um rebelde, ainda espero que ele encontre o seu caminho, amo-o tanto… Meu companheiro de todas as brincadeiras, meu defensor…

O 2.º desenho que fiz na minha pele, foi um Yin Yang no meu antebraço. É sinal de equilíbrio, mas este fiz muito mais para marcar o momento em que este símbolo me foi apresentado pela minha mãe. Foi numa noite em que eu estava na sala e a minha mãe chegou com uma prenda para me dar. Ofereceu-me uma pulseira com uma missanga do Yin Yang. “Sabes o que é filha?”, na altura desconhecia por completo, “Este desenho simboliza a amizade, lembra-te de valorizares sempre as tuas amizades e de seres muito amiga dos outros.”, na altura eu devia ter 5 anos, estava no meu primeiro ano, e foi numa altura em que eu estava a travar amizade com uma das minhas melhores amigas da minha vida ainda hoje. Acho que a minha mãe quis mostrar-me que devo ter sempre bondade e valorizar de facto as amizades. O meu pai nunca foi tanto de amizades, a minha mãe queria certificar-se de que eu nunca me isolaria nem fosse uma anti-social como o meu pai consegue ser. Foi um momento muito simples, mas que me ficou sempre na cabeça e ganhei enorme fixação por esse momento com a minha mãe. Esta tattoo, desenhei quando tinha 19 anos.

Bem, até aqui tudo indica que a média é uma tattoo por ano, mas não. Fiz a 3.ª tattoo aos 23 anos. Agora um pouco mais crescida, com mais cabecinha, de curso terminado. A faculdade deu-me mais experiências de vida, conheci muitas pessoas novas, tive muito boas, e algumas menos boas, experiências. O que aprendi foi que as coisas menos boas que nos acontecem na vida, só nos dão dar mais força para prosseguir em frente. Desenhei uma flecha no meu dedo (um mau sítio para tattooar, porque exige fazer sempre muitos retoques, caso contrário, começa a desvanecer). Para atirar uma flecha, precisamos de, com um arco, puxá-la bem atrás, para ela ir bem mais longe. Quando a vida nos puxa para trás, só nos está a dar mais força para ir em frente.

Agora aos 24, fiz a minha 4.ª tattoo. Esta completa o Yin Yang que já tenho há 5 anos, será que as duas fazem agora 1?! O que me motivou para esta última tattoo é a ansiedade que tenho sentido. Desde a minha primeira tattoo até agora passaram-se 6 anos, e sinto que foi ontem. Quanto mais velha fico, mais rápido me apercebo do tempo passar. Começo a ver a vida a passar demasiado rápido, e quero viver a vida, e não apenas responsabilidades. Colocaram-nos nesta terra para viver, não só trabalhar, não só ganhar dinheiro… Mas sim viver! Então desenhei outra flecha (ganhei aqui outra pequena fixação), em volta do Yin Yang, com a linha da flecha, escrevi “viver”, e para mim, a volta que ao meu antebraço até ao Yin Yang, significa viver em pleno!

Eis a história de cada um dos meus desenhos, desenhos simples, porque são os que mais se adequam ao meu tom de pele, com tinta preta e linhas fininhas. Este é o meu conselho para a malta de tom de pele escuro como o meu e que também queira fazer tattoos, mas tem receio. Se é algo que gostas, arrisca!

E vocês, têm tattoos?

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

#YouTube20160905 As melhores recordações fazem-se no verão!

Eu, desde 1991!


Esta sou eu, novamente, aventurando-me pelo YouTube. Não sou ainda nenhum expert no que toca a edição de vídeos. Demoro sempre horas para fazer 6 a 8 minutos de vídeo.

Youtuber por aí... Isto é normal???

Ainda assim, devo confessar que me está a dar um enorme gosto editar estes pequenos vídeos, e sendo muito ou pouco, estou a ficar muito orgulhosa deste meu pequeno grande feito pessoal. É sempre um orgulho aprendermos a fazer algo sozinhos e vermos que o resultado até é algo engraçado.

Foram 5 dias, muitos vídeos traduzidos em uma hora e tal, e agora resumidos numa experiência de apenas 6 minutos... E editar este vídeo, ver todos os vídeos de volta e ver o vídeo final vezes e vezes sem conta?! Mais alguém faz isto? Adoro ir às memórias e viver as experiências outra vez. Já andava a pensar em fazer vídeos há algum tempo, poder reviver as memórias não só em fotos, mas em vídeos.

Os meus pais nunca fizeram vídeos de mim quando era criança, e ver amigos que têm dá-me sempre aquela inveja saudável que me faz pensar que quando tiver filhos vou querer fazer muitos vídeos para eles, mas porque não começar já?! Filmando excertos da minha vida e compondo um pequeno filme de memórias... Acho fantástico.

É bom reviver.

Enfim, aqui está um resumo das minhas férias, porque as melhores recordações fazem-se no verão!

Clica na imagem para veres o vídeo, e se gostares e quiseres continuar a acompanhar o andamento, subscreve ao meu canal de YouTube.

Para os amantes de Kizomba, oiçam o novo som dos MDK, Dreaming No More aqui :)

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Divagações de 5 dias em Road Trip

Na minha cabeça há 2 meses Kungs vs Cookin' on 3 Burners - This girl
O meu jam nestas férias!

Fiz uma road trip!!!

Quem me conhece sabe como nos últimos meses não me calei a dizer que queria muito fazer uma road trip pela Costa Vicentina. Sou super apologista de conhecermos o nosso país, fazer um bocado de turismo nacional não faz mal a ninguém certo?

No meu querido Dream Job tive imensa sorte em conseguir juntar uns diazinhos para fazer umas mini férias, 5 dias, na realidade tirei 3 dias, mas nada que um fim de semana junto de um feriado não resolva.

Fiz tal e qual como imaginava, comprei salsichas, atum, bolachas e frutos secos, agarrei no meu companheiro de viagem (meu querido e paciente namorado), pus as malas às costas (na realidade pus uma trolley na bagageira e um saco de ginásio, mas é muito mais engraçado dizer “mala às costas”) e arranquei para baixo.

O plano era então ir até Quarteira, acampar lá 2 dias e fazer aquilo que quis chamar de férias comerciais, isto porquê? Porque fomos para lá dois dias fazer aquilo que todos fazem e que enchem as praias e o Algarve… O meu companheiro nunca tinha ido a Vilamoura e eu nunca tinha ido a um parque aquático, então optámos por acampar no Orbitur Quarteira.

1) Orbitur Quarteira

Só tinha acampado uma vez na vida, foi em Alvor com as minhas amigas, ainda éramos nós umas crianças adolescentes de 18 anos. Não me lembrava, depois destes anos todos, o que é que me fazia odiar acampar tanto, porque alguma coisa me afastou das tendas tanto tempo.
Pois bem, o Orbitur lembrou-me o porquê – isto não é nada contra o Orbitur atenção! -, mas apesar de me sentir super bem a (não) montar a tenda, (não) tenho muito jeito para isso.. Se há coisa que odeio e acampar é mesmo os balneários.

ODEIO BALNEÁRIOS DE PARQUES DE CAMPISMO!

Tenho sempre medo de me encostar às paredes sem querer enquanto tomo banho, sei que há a limpeza, mas sinto sempre que não está bem limpo, então é um stress a ginástica que tenho que fazer para tomar um banho e tirar a poeira de mim. Para não falar que o caminho para a tenda era terra batida, então sempre que ia sair (uma vez que à noite ia para Vilamoura) tinha que passar os meus pezinhos por água, porque não sei se sabem, mas nos pretos, a poeira nota-se e faz um degradê muito pouco convidativo até à área dos tornozelos. Não é giro.

Mas fora os banhos, que é algo incontrolável, é mais teima minha, adorei acampar, adorei a experiência de montar a tenda (montei muito pouco, mas pus as estacas, liguei uma coisa ou outra…), ver árvores gigantes assim que abria a “porta” daquela minha casa temporária, ver um espírito muito livre em todos os campistas, ver as pessoas a jantar ao ar livre, acordar e ver aquela natureza, foi de facto muito bom!

2) Vilamoura

Já fui alguns verões para Vilamoura, hoje em dia não faço questão, este ano quis levar o meu companheiro de viagem pois tinha curiosidade.

Este ano evitei Praias da Falésia, evitei Seven's, evitei Bliss’s, que era muito por aí que também queria que o meu companheiro conhecesse, mas não sei se é só porque já sou uma vela de 24 anos ou se porque vejo um mundo meio que fútil, somente de aparências e de miúdos e miúdas muito novos e novas a viverem muita coisa antes do tempo.

Sejamos realistas, quando bate os 20 e tais, não há grande disposição para ir a discotecas ou bares onde o público são pessoas muito mais novas que tu, então, apesar de adorar ir sair e dançar à grande, não consegui ir.

Fico na dúvida se os jovens que me apertaram a pulseira do Bliss no pulso eram maiores de 18 ou não, é que se eram pareciam tããããããoooo mais novos! Apetece dizer “Vai brincar joveeeemm!!! Vai ao parque! Não andes aqui na noite que tens tempo para isso!”

Pareço presunçosa a falar assim, às vezes esqueço-me que também já fui mais nova e que mais nova saí à noite, às vezes esqueço-me que muitas vezes pareço mais nova e as pessoas também podem ser assim, meio que condescendentes comigo…

Vilamoura para mim foi só à noite, foi passear, sentir o ar quente durante a noite, o comer gelado, reencontrar amigos e beber a improvisada Vodka Monster (bem bom!).

3) Aquashow

Só tinha 2 dias para estas férias comerciais, e tinha mesmo que ir a um parque aquático. Sou tão medricas com estas atividades, tenho medo de que as coisas corram mal, que o equipamento não seja seguro e de dar uma queda gigante e morrer.

Super dramática, eu sei!

Mas faço sempre tudo, eu sou mesmo capa de fazer todos os desportos radicais, não quero comparar o Aquashow a um desporto radical, mas é radical o suficiente, e já é uma grande adrenalina.

Eu sou aquela pessoa que vai querer fazer tudo, sou paciente na fila, quanto mais próxima estou da hora H começo a ficar ansiosa, na hora H, quero muito desistir, mas isto tudo acontece silenciosamente, acabo por fazer tudo, grito, grito e grito, grito mesmo bastante, mas depois acaba e é uma estala do caraças e diverti-me mil!

O Aquashow foi uma boa experiência, acho que mesmo tendo ido em agosto, consegui fazer todas as atividades mais hardcore e agora estou pronta para fazer queda-livre. Fica já aqui a resolução para 2017!

4) Por vezes, o Algarve faz-me sentir como se tivesse alguma coisa na cara

Esta parte das férias comerciais fazem-me lembrar o porquê de às vezes me sentir desconfortável quando vou lá para baixo. Parece que lá venho eu outra vez com esta história dos pretos e brancos e amarelos...

Mas acontece mesmo eu estar muito bem na minha e ver pessoas a olhar para mim a estranhar, e mais uma vez eu percebo que é pelo meu tom de pele, por eu ter o tom de pele que tenho (que é lindooo! É chocolate!) e namoro com um rapaz branco… A Única Mulher ainda não conseguiu habituar todo o Portugal de que pretos existem e que pretos e brancos se misturam e é uma coisa normal.

É chato ter que me sentir assim num país que também é meu, onde eu nasci e me orgulho sempre de dizer que sou portuguesa, mas pronto Algarve, se estiveres a ler isto, por favor habitua-te que a diferença é só outro tipo de igualdade.

5) Costa Vicentina... Portugal é lindo!

Bem, sinto que este post já vai longo, e facilita-me, até porque estou um pouco cansada, mostrar-vos fotos do que continuar a cansar-vos a vista.

Para a semana, faço ainda melhor, vou fazer um vídeo resumo da viagem, só ainda não fiz porque perdi vídeos, às vezes sou demasiado croma com as tecnologias e faço porcaria, ainda assim, tenho 40 minutos de vídeo para resumir em 5 ou 7 minutos para partilhar convosco. Vem já para a semana!!!


E agora, apresento-vos um pouco da minha querida road trip (férias comerciais e rota vicentina) em fotos:

Porto Covo 
Praia do Malhão, Milfontes

Praia da Samoqueira, Porto Covo

Casazul, Milfontes (o meu housing por duas excelentes noites)

Porto Covo


Por hoje, é tudo. ;)

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

No. 4 Encontrando a Guiné-Bissau por Portugal

Um país que se diz apenas ser pobre e corrupto.
Vê aqui o meu último vídeo.

Para quem não sabe, se ainda não o mencioneei vezes suficientes, as minha origens são guinienses.

Agora com mais orgulho: AS MINHAS ORIGENS SÃO DA GUINÉ-BISSAU!

Acho que quando era mais nova, criança mesmo, se calhar tinha algum receio de o dizer, não sei porquê, mas quando era mais nova, sentia qualquer conotação negativa da perspetiva que outras pessoas tinham, por isso só a partir da minha adolescência é que comecei a dizer orgulhosamente, que, basicamente, eu sou de dois sítios.

Tenho 3 respostas padrão:
1) Alguém português ou africano de qualquer PALOP: Tu és de onde?
Je: Sou portuguesa, e os meus pais são da Guiné-bissau. 
2) Alguém guineense, ou guigui, mas grande guigui que eu percebo logo: Tu és de onde?
Je: Sou guineense.
Esta segunda, muitas vezes aconteceu eu dar a primeira resposta e de alguma forma ficarem revoltados comigo, como se eu estivesse a negar as minhas origens, quando simplesmente dizia o facto, mas comecei a medir as situações e por vezes, mais vale dar a resposta que querem ouvir. Não é de todo mentira, o meu sangue é guigui.
3) Alguém português que esteve na guerra e pergunta-me presunçosamente: Tu és de onde? És guineense ou angolana, de certeza:
Je: Sou portuguesa! 
Esta última, admito que é uma pergunta que me irrita, porque acontece muitas vezes, perguntarem-me de forma que eu percebo, que só querem mostrar que percebem, de forma convencida, e a humildade nunca matou ninguém, então gosto sempre de dar a vulgarmente conhecida "barra"!


Vou sempre adaptando a resposta ao ouvinte. Digam lá que isto não é puro Marketing adaptado à vida real. Existem segmentos diferentes (alguém português, alguém guineense, alguém português presunçoso) com necessidades diferentes (3 respostas diferentes).

Neste vídeo, falo da minha ida ao cabeleireiro, não de forma superficial, mas como me faz sentir num seio muito africano, muito guineense, e de como é algo engraçado podermos encontrar por cá, em Portugal, lugares que nos remetem ou transportam para outras culturas.

E, claro, pois tenho um brinquedo novo (e prometo ser muito chata com isto, muitas mais fotos-selfies-vídeos no Instagram) e tinha que fazer um pequeno segmento sobre isso, acho que poderão achar piada.

Por hoje, é tudo. Vejam o vídeo e se gostarem, metam like e cliquem subscrever. ;)

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube.

domingo, 7 de agosto de 2016

Por este mundo do blog eu vejo...

Limbo - mishlawi
Na minha cabeça há 2 meses


Esta semana andei a ler posts antigos do meu blog. Acho super engraçado "ler-me" e ver o impacto que algumas decisões tiveram em mim.

Há uns tempos, li um post de uma blogger que falava um pouco das dificuldades e medos de se ser blogger e, obviamente, fez-me pensar nos meus medos quando decidi criar o blog.

No início, tinha acabado de terminar o meu estagio curricular que marcava o final do meu querido curso em Marketing, e como só conseguia pensar na questão de "Agora é que é Patrícia! Como é que vai ser agora para arranjar trabalho?!" e o resto é toda a história que marca o início do blog.

Com isto, veio o medo de não conseguir atualizar o blog com regularidade - bem, aqui admito, este erro tornou-se tão realidade, a minha assiduidade ao longo deste ano foi um pouco fraca - não conseguir arranjar conteúdo, e principalmente, não conseguir ter alguém que se interessasse pelo meu blog.

Afinal de contas, o meu objetivo nunca foi escrever somente para mim, se assim fosse, acho que escrevia somente um diário - uma prática minha desde pequena, mas que fui abandonando de há uns anos para cá - o meu objetivo era e é, de facto, partilhar histórias e perspetivas, e com isso, espero sempre ter alguma interação do outro lado... Do vosso lado. 

Toda esta minha sede de querer ter a vossa interação comigo, fez-me, durante um período muito curto de tempo, procurar saber o que é que tinham alguns blogs que eram mais comentados e visitados que o meu, e quis replicar. Havia e continua a haver posts com títulos sonantes e atrativos como "A minha semana num post" ou "Top 5 de o que quer que seja de alguma forma sonante o suficiente para clicar", e isto acabou por me influenciar. Cheguei a fazer uma pequena adaptação com o post "O metro numa semana", algo de que não me arrependo, ri-me ao relembrar alguns dos acontecimentos, mas é do género "NINGUÉM QUER SABER".

Bem, eu se fosse a pessoa do outro lado, não quereria saber.

Cheguei a fazer algum stalking em alguns blogs, admito, comentando blogs que poderiam não ser tanto aquilo que procuro, eu procuro blogs com alguma profundidade de conteúdo, blogs com histórias (pessoais, fictícias ou de outrém), blogs com perspetivas, no fundo, blogs diferentes dos mais comuns, que não sendo maus de todo, apenas estão num saco gigante e já muito saturado. Posso dar exemplos, são eles blogs de moda, lifestyle, etc. Ainda assim, há muitos destes que gosto de acompanhar, mas são mesmo poucos os que se diferenciam, há muitos "O que está na minha whishlist" ou "Qual o melhor protetor para o teu cabelo este verão?", por mais que gosto de acompanhar, é-me bastante difícil identificar-me principalmente com este, eu uso tranças e a mim isso não se aplica. Este é o meu segundo verão com blog, e a repetição de temas é incrível, principalmente neste tópico dos cremes, bronzeadores e tudo isso.

Por outro lado, a coisa boa dos blogs, é mesmo que há muitas pessoas nesta blogosfera e é tão bom navegar e ler pessoas, é um grande livro que não se compra, está online todos os dias, inspira e faz-me pensar sobre tanta coisa...

Enfim, isto para dizer que haverá sempre medo, medo de não conseguir cumprir com um compromisso, qualquer pessoa que inicia um blog público, está a assumir esse compromisso, e deverá haver uma responsabilidade, mas ao mesmo tempo, trata-se do nosso espaço de escrita, o nosso espaço que decidimos criar sem que ninguém nos ordenasse, é simplesmente uma coisa boa, para sermos nós e sermos livres.

Acompanha-me no FacebookInstagram e YouTube